|   |
 Considero que é, para mim, um momento sublime, neste espaço das novas tecnologias da informação, de fazer uma mensagem para todos os associados que represento, desta tão prestigiada A.P.V.G.
As recordações, a deificação dos momentos e a iconografia - sobretudo as emoções - são registos que só os veteranos de guerra podem quantificar objectivamente. Torna-se penoso questionar o nosso armazém do conhecimento sobre assuntos que estão adormecidos mas não esquecidos de tudo que de bom fizemos pelo engrandecimento da nossa Pátria.
Não podemos descobrir os segredos do que é sagrado: o espiritual. A vida perene, não a terrena mas sim a eterna, que um dia vamos encontrar servirá para o reencontro com aqueles que já partilhamos atitudes, próprias e características, da essência humana: as alegrias, as tristezas, as traquinices, os medos e, porque não os momentos de glória.
Neste momento, que eu considero difícil para todos os veteranos de guerra, devido ao avançar das nossas idades, quero aqui dizer que podem contar com toda as equipas que formam os diversos órgãos sociais da A.P.V.G. para encontrar o melhor diálogo com os nossos governantes e estes satisfaçam aquilo que está mencionado no nosso caderno reivindicativo.
Aproveita, caro veterano de lutas, este espaço para contar a tua história. A nossa voz não se pode calar, não se pode esconder na “vergonha” (que alguns já comentam) dos actos que praticamos nas ex-colónias portuguesas. No adágio popular diz assim: as vozes de burro não chegam aos céus. Para nós só existe uma verdade: fomos militares e servimos Portugal. O registo e as lições históricas sobre os ex-combatentes servirão, um dia, para a reflexão e para assunção da verdade e o respectivo reconhecimento implícito das virtualidades intrínsecas das suas boas acções realizadas nas terras longínquas do além-mar.
Para terminar um até sempre. A vida é uma constante luta. A luta terminará quando o associado assim o entender. Saudações veteranas.
O Presidente da Direcção
Augusto Freitas (Doutor)
|
|
|
